Acordei disposta a treinar hohou então cheguei ao dojo aonde havia um espaço suficiente para meu treino.
Comecei a correr
Não demorou muito para eu me dar conta de o quão idiota
eu estava sento; pulando de um lado para o outro do dojo, como uma
criança que corre atrás de uma borboleta.
Então sentei. Sentei e
comecei a pensar em como seria possível fazer aquela diabrura, como
seria possível alcançar uma velocidade tão extraordinária, em tão pouco
tempo. Talvez se eu concentrar energia espiritual nas panturrilhas
Me levanto e tento concentrar minha energia espiritual nas panturrilhas, e testo um salto em frente.
O
resultado até não foi dos piores; mas não foi, nem de longe, o
esperado. Saltei quase cinco metros a frente, apenas para cair
pesadamente contra o chão, totalmente desequilibrado.
Mas se a resposta não eram as panturrilhas, então só poderiam ser as cochas. Testei;
Foi
ainda mais fracassado. Posso até não ter caído desta vez; até que
estava bastante estável. Bastante lento. O salto me levou a apenas três
metros à frente, e com metade da velocidade do anterior.
Sentei
mais uma vez. Não fazia sentido aquilo tudo. O que eles acham que eu
sou, algum tipo de gênio para adivinhar o que tenho de fazer? Vivi a
vida inteira como um órfão no Rokungai, como diabos vou saber o que devo
fazer, se nunca nem se quer frequentei uma escola?
Parei de tentar de pensar, visivelmente eu não era bom naquilo. Ao invés
disso, saltei para frente concentrando reiatsu tanto nas panturrilhas
quanto nas coxas.
Para minha total surpresa, o vento uivou nos
meus ouvidos, e meu salto me levou por quase seis metros. Mas toda a
felicidade acabou aí. Caí ainda mais pesadamente do que antes,
totalmente desequilibrado. Caí sobre o braço direito, e cheguei a rachar
uma das tábuas do grande tablado que formava o chão do dojo. Me
levantei com dificuldades. Mas percebi que estava certo o que eu havia
feito. A velocidade tinha sido muito maior do que a das outras duas
tentativas, eu com certeza estava no caminho certo.
Tentei mais uma vez.
Caí mais uma vez.
E outra.
Mas
quando já começava a cair pela quarta vez, e sentia o braço direito
latejar profundamente, é que me dei conta do que estava errado. Era
força de mais nas pernas, mas quase nenhuma no restante do corpo. O
corpo fraco, em meio a tanto atrito, não conseguia manter o
equilíbrio... só podia ser aquilo.
Levantei então, e comecei a
distribuir a reiatsu por todo o corpo, quase que igualmente, exceto
pelas pernas, nestas a concentração foi maior. e saltei a frente.
Foi
uma sensação fantástica. Mas o final foi uma fortíssima pontada de dor.
Ao terminar de percorrer quase quinze metros daquele salto, aterrissei
normalmente sobre os pés, como que de um salto comum, mas a pressão
feita pela velocidade, força, e ímpeto do movimento, quase partiu os
ossos que formavam a sola do pé.
A dor me fez cair.
Mas
levantei sorrindo. Como não me lembrava de ter sorrido antes. Apesar da
coleção de hematomas, agora eu havia entendido.
Fui embora para poder descansar