Askins treinava desde que havia se tornado oficial aqui, no covil secreto que Urahara e Yourichi haviam criado dentro do Segundo Bantai muitos anos antes. Era muito semelhante ao da casa de urahara na terra, só que muito mais amplo.

Era ali que ele sempre ia para aprimorar suas técnicas e tentar se tornar mais forte...

Cheguei ao meu covil secreto de treinos cedo pela manhã, bloqueando a entrada ao passara. Em um baú disfarçado sob uma das muitas pedras do local, retirei uma longa espada de madeira maciça do mesmo.

Caminhei então até um recôncavo, onde vários bonecos de treino estavam posicionados. Comecei então a me exercitar. Realizando lentos e fluídos movimentos básicos de Kendo, como se fosse um aluno de academia, apenas para um aquecimento.

Um golpe vertical, um horizontal, uma estocada. Então técnicas mais refinadas, como um ataque reverso, arremetidas diagonais e algumas sequências intercaladas de todos juntos, em diferentes ordens. Tudo feito com calma e parcimônia, prestando a atenção em cada respiração, em cada passo dado, em cada movimento e retesar de músculos.

Então respirei fundo. Fechei os olhos. E voltei a fazer todos os movimentos, ainda mais devagar, querendo assimilar cada parte das posições.

Então larguei a espada, e tomei um pouco da água de um odre. O aquecimento estava terminado, e era hora de partir aos bonecos. Peguei a espada, e passei ao primeiro boneco. Ataquei-o com calma, mas com força. Gradativamente ia aumentando a velocidade dos ataques, para jamais perder a precisão.

Um golpe, dois, três, cinco, dez. A frequência ia aumentando rapidamente. E o primeiro boneco já estava quase se desfazendo em estilhaços de madeira e frangalhos de palha e pano.

Parti para o segundo, já no mesmo ritmo. E o boneco também foi destroçado após uma sequencia firme de dez golpes.

Já era então quase meio dia. E eu deixei o campo de treinos para almoçar...

Aceite. +50 pontos de Zanjutsu

Noutro dia calmo, tornei à zona secreta de treinos do segundo esquadrão. Eu já ocupava o cargo de terceiro oficial do esquadrão, eu deveria fazer jus ao meu cargo.

Peguei novamente a espada de madeira, e me dirigi aos bonecos iniciando a rotina de treinos. Comecei com rápidos golpes dirigidos contra a região média do corpo do boneco, atingido-lhe o peito, a região lateral do que seriam as costelas de uma pessoa, os rins, fígado e basso.

Segui golpeando ritmicamente os pontos, revesando entre eles, com cade vez mais velocidade e força, intercalando com golpes repentinos na região do pescoço e nuca.

Então parei para respirar. Havia atingido o boneco 5 vezes em cada uma das regiões, e algumas vezes mais nos membros, como que para simular uma luta real.

Mas aquilo não estava rendendo. Havia feito o mesmo da última vez, e não sairia resultado nenhum em lutar contra bonecos inanimados. Era quase como lutar com uma árvore.

Segui então para outra sessão do meu campo de treinos, onde haviam outros bonecos. Mas estes eram diferentes. O design deles era para o treino de aspirantes a oficiais, com peças móveis, de modo que quando o boneco fosse atingido, sua região oposta revidasse contra a guarda aberta do oponente.

Eu já era oficial a algum tempo, mas estava com as habilidades enferrujadas, talvez fosse uma boa ideia me utilizar daqueles bonecos.

"Bem, acho que não seria de todo mal, a final de contas"

Comecei com a mesma rotina de treinos de antes. Mas desta vez não fui tão feliz. Ao atingir o tórax do boneco, a madeira prontamente girou, e um braço de madeira revestido de chumbo me atingiu em cheio no cotovelo, lançando uma pontada de dor.

- Ai! Diabos, tenho de ser mais atento...

Retornei a posição, e recomecei, com um rápido golpe na mesma região, e imediatamente uma reversão de movimento para efetuar o bloqueio, tornando então a golpear.

O revide desta vez me atingiu no joelho, e como eu já havia seguido com a sequencia de golpes, outro golpe me atingiu na cabeça. Uma sequencia de revide que me espantou. Afinal de contas aquele simples boneco poderia ser um bom treino.

Me levantei com um fino filete de sangue fluindo da cabeça, e um hematoma no joelho e cotovelo. Voltei a sequência de golpes, mas desta vez considerando o boneco como um verdadeiro adversário.

Mantivemos-nos naquela luta de revides por um bom tempo. Embora em baixa velocidade, pois eu ainda não estava seguro o bastante para agir co velocidade, com medo de ser derrotado por um simples pedaço de madeira e chumbo.

"Ora, mas eu devo ser muito patético não é verdade?"

Então acelerei.

Foram necessários outros 7 hematomas novos na coleção para que eu finalmente conseguisse assimilar a maneira do revide do boneco. Querendo ou não, aquilo não era um lutador, logo ele só revidaria onde eu o comandasse para revidar(atingindo-o no local oposto), e já começava a conseguir voltar a atingi-lo nos locais de costume, quando o boneco chanfrou e quebrou.

-Heh, imagino que eles não sejam tão resistentes quanto pensei, mas terão de servir - resmungava para mim mesmo enquanto tirava de um pequeno depósito escondido numa das face das várias rochas, outro boneco daquele tipo.

Tornei a rotina com ele, bloqueando e contra-atacando com uma incrível facilidade. Eu havia entendido o sistema.

"Certo, é hora de começar o treino sério"

Fiz então um pequeno círculo, com 7 bonecos articulados, todos bem próximos aos outros. Comecei então a lutar com eles, golpeando todos, ,sem jamais golpear um dos bonecos duas vezes seguidas, para provocar em todos uma reação de ataque contra mim.

Não foi a coisa mais inteligente a se fazer. Nas primeira "rodada" eu já estava prostrado no chão, com outa meia-dúzia de hematomas novos nas pernas, braços, tórax e cabeça. E já começava a ficar meio tonto.

Mas a tontura, provavelmente, era devido ao calor intenso. Já se passava do meio dia, e eu não comia nada desde o início da manhã.

"Tsc, sou muito patético, apanhando para bonecos... não irei comer até que tenha destroçado estas desgraças de madeira e chumbo!"

Levantei, e tornei a rotina. Fui atingido mais meia dúzia de vezes, mas em momentos bastante esparsos e separados entre si, bloqueando a grande maioria dos golpes, e finalmente começando a entender a mecânica da situação.

Entre esquivas e bloqueios, decepei a região mais alta de um dos bonecos, onde talvez fosse a cabeça de outra pessoa, bloqueando com um reverso o golpe que eu provocara no boneco atrás de mim, e revertendo o movimento para tirar-lhe o "braço" do "ombro". Eu tinha pego o jeito.

O sol já começava a descer no horizonte quando eu havia reduzido os bonecos a pilhas de madeira e chumbo, e respirava ofegante, com um gosto de suor e sangue na boca, e com o corpo coberto de hematomas...

Off: esse treino aí é pra ti kuchiki, quero ver se vai achar ruim agora, u.u

Aceite. Belo texto manolo ^^ + 70 de Zanjutsu

Dois dias depois do meu último treino, tornei ao meu esconderijo. Havia levado um certo tempo para eu me recuperar da bela coleção de hematomas que eu havia adquirido da última vez e... Bem, da última vez em que eu saíra pra tomar um pouco de Sake com alguns recrutas do segundo bantai.

Como de costume, tirei a espada de treinos de seu baú, e me dirigi aos bonecos articulados. Infelizmente haviam muito poucos deles.

-Yare yare, pelo jeito destruí muitos deles da última vez, isso é mau...

De qualquer forma, eles teriam de servir. Comecei com a minha rotina calmamente, tentando não destroçar os bonecos para que pudessem servir como treino pelo maior tempo possível.

Mas aquilo se mostrou inútil. Eles haviam sido excelentes instrumentos antes, mas eu agora já havia assimilado todas as reações que eles eram capazes de esboçar, e era quase monótono bloqueá-los; assim, as coisas começaram a correr de uma forma que o difícil era não danificar os bonecos, ao invés de ser capaz de destroça-los.

"Isto não está correndo bem, está fácil de mais, talvez eu devesse tentar tornar as coisas mais difíceis..."

Saquei então minha própria espada, e com ela rasguei uma grande tira de pano do meu kimono. Utilizando tal como uma venda, tornei a lutar com os bonecos.

De início foi algo de fato empolgante. Era mais difícil saber aonde eles me acertariam estando vendado, bem como era complicado de atingi-los. Mas eles ainda eram bonecos, e seus movimentos articulados ainda eram os mesmos. Não foi necessário muito tempo para que eu pudesse bloqueá-los novamente, e revidar de forma eficiente, sempre visando golpes contra costelas, pescoço e externo.

A manhã acabou terminando, e com ela a maior parte dos bonecos. E eu tinha pouco mais de dois hematomas novos, e nem se quer havia suado;

"Bem, pelo jeito já passa da hora de eu arrumar um companheiro de verdade para os treinos..."

Deixei o esconderijo para ir ter com um rapaz chamado Oomura. Era um shinigami bastante promissor, ocupava o cargo de 5ª Oficial no esquadrão, e era famoso por ser muito habilidoso com a espada.

- Yo, Oomura-san, o que me diz de nos exercitarmos um pouco?

O rapaz tinha uma constituição semelhante a de um barril, mas apesar disso conseguia ser bastante alto, e com braços longos.

-Seria uma honra, Askins-dono, onde deveríamos fazê-lo?

-Apenas me siga, utilizaremos espadas de madeira, se não se importar.

Como que o outro oficial não expressasse qualquer objeção, caminhamos calmamente de volta ao covil de treinos. Retirei do baú duas espadas de madeira preenchidas internamente com chumbo;

As armas eram do tamanho normal de katanas, mas por conta de o oco de seus interiores conter chumbo, eram extraordinariamente mais pesadas.

Começamos então o treino. Como o esperado, o outro oficial era um excelente espadachim, capaz de bloquear com enorme facilidade os golpes que eu aplicava, assim como contra-atacar em igual nível, e as vezes até de maneira mais eficaz.

Ficamos por um bom tempo apenas trocando choques de espadas, um analisando a maneira de se mover do outro. O peso extra das espadas em nossas mãos tornava os movimentos mais rígidos do que o ideal, e mesmo o outro oficial estava tendo problemas com isso.

Já passava do meio da tarde quando ambos pegamos o jeito daquilo. A luta começou a ficar mais rápida, e os primeiros hematomas começaram a aparecer. Tanto em mim quanto no outro shinigami; nos atingíamos mutuamente, sem jamais um manter uma vantagem muito grande.

-Arf... Você é um...Arf, arf... espadachim... Arf, arf, Askins-dono, mas eu já... Arf, identifiquei o seu padrão de movimento.

O oficial gordo falava entre grandes haustos, já ofegante, mas havia uma certa verdade no que ele dizia. Tentei atingi-lo na região dos rins e da nuca por três vezes em meio a outros golpes direcionados aos membros para distrair sua atenção, e todas elas ele conseguiu bloquear, me atingindo a parte aberta da guarda duas vezes no joelho esquerdo, e uma no cotovelo direito em seus contra-ataques. Ele sorria, suava, e ofegava. Mas não frouxava o ritmo de luta. Aquilo estava ficando definitivamente interessante.

-Yare, yare, Oomura-san, você realmente é tão bom quanto ouvi dizer, mas sinto dizer que também já entendi sua maneira de lutar, nossa diversão acabou por hora, mas quero treinar com você outro dia.

Então novamente provoquei minha sequencia quase regulamentar de ataque, e ele riu, desviando todos os golpes, mas quando baixou seu contra-ataque, desta vez na direção da minha cabeça, utilizei-me de meu jogo de pés, provado durante a maior parte da luta superior, movendo-me num ângulo de 120º para a direita, ao dar um passo atrás com o pé esquerdo, baixando no conjunto do movimento um rápido e forte golpe da espada contra o pulso que meu adversário usava para empunhar a arma.

O golpe foi mais efetivo do que eu previra, e enquanto o 5º oficial deixava que sua espada caísse ao chão, completei o movimento revertendo o sentido do golpe, atingindo-o sob a guarda aberta uma forte pancada no queixo.

O shinigami caiu de costas chapadas na terra firme, soltando um pequeno hausto de dor.

-Heh, você me pegou, Askins-dono, entendo porque és o 3º oficial do esquadrão, hehehe.

Começando a ofegar, estendo a mão para meu companheiro derrotado.

-Você foi um grande adversário, Oomura-san, terei a honra de treinar com você algum outro dia?

- Certo, mas deixe-me levar esta espada, o peso dela me é curioso, acho que poderia ajudar se eu treinasse com ela.

Acenei positivamente com a cabeça, enquanto ajudava o grande shinigami a levantar. Ele foi embora com vários hematomas e uma espada, enquanto eu me dirigia para uma das piscinas de águas termais que haviam escondidas naquele grande esconderijo.

Me despi, e mergulhei em uma delas para relaxar os músculos, enquanto o sol se punha do lado de fora.

"Bem, acho que estou chegando mais perto, afinal de contas..."

Aceite. + 70 de Zanjutsu

Eu já estava começando a ficar ansioso. A maior parte dos oficiais já havia libertado o poder de sua zampakutou, mas eu permanecia sem saber o nome da minha. Era hora de voltar a treinar. Mas desta vez, com ela em punho.

Com esta ideia em mente, fui ter com quinto oficial, Oomura, para convidá-lo para um novo treino.

- Então, o que me dizes? Utilizando nossas zampakutous desta vez.

- Digo que é arriscado, Askins-dono. Podemos nos ferir utilizando as espadas. Por que não lutamos novamente apenas com as réplicas em madeira e chumbo?

- Eu também pensava assim, mas um shinigami precisa conhecer a própria zampakutou, elas são nosso poder a final de contas. Mas não se preocupe. Confie em sua espada, e nada de mal irá lhe acontecer.

O rapaz gorducho ainda estava apreensivo, mas então concordou em lutar. Nos dirigimos então ao meu covil, aonde eu sempre treinava, e sacamos as espadas. O poder dele era notável, uma zampakutou longa e larga, mais do que o natural.

No meu caso, a espada era quase um brinquedo; uma katana com apenas um metro de comprimento, era do tamanho de uma Ninja-to. Mas isso se devia a eu ter mascarado seu verdadeiro poder ao me tornar oficial, pois se não seria difícil de lutar com ela.

Tomamos posição, e iniciamos a nossa dança. Aço cantava contra o aço. Mas nenhum dos dois se atrevia a subir muito o nível do combate, com medo de tornar a guarda aberta. Eu podia ver o medo de meu companheiro em seus olhos.

"Bem, suponho que se eu quiser me tornar o capitão deste esquadrão, terei de não ter medo. Melhor deixar que o garoto fique mais confiante, se não este treino não terá o menor sentido..."

Então me tornei mais agressivo em meus ataques, aplicando minha tradicional sequência de golpes contra a região ventral, membros e cabeça, de maneira intercalada para desviar a atenção e com uma velocidade notavelmente maior do que a que o combate vinha tendo.

O oficial pareceu ficar ainda mais assustado, defendendo com um esgar no rosto cada golpe, mas aos poucos a compreensão inundou-lhe os olhos.

Propositalmente, eu estava deixando a guarda aberta enquanto golpeava-o, embora mantivesse na face uma expressão de sério esforço.

Funcionou. O jovem oficial pareceu ficar mais confiante, e começou a revidar no mesmo nível contra mim, fustigando os vários pontos vulneráveis da minha guarda baixa.

Por três vezes quase me atingiu o cotovelo esquerdo, por outras duas a coxa direita, e por mais cinco por pouco que evito de ter o rim esquerdo dilacerado.

Como que de repente a fúria e o calor da luta tomaram conta do Quinto Oficial, e ele então me atacava loucamente, de maneira rápida e quase maníaca.

Com cada vez mais dificuldade eu defendia os seus golpes, mas estava muito difícil de lhe dar um revide; minha imprudência proposital se mostrara demasiada, e agora estava inacreditavelmente difícil recompor a guarda perante aquela chuva de ataques, todos mesclados entre rápidas arremetidas contra os membros, e cruéis estocadas na direção do tórax;

A espada maior dava a ele a vantagem do alcance; mas a minha me dava a vantagem da mobilidade. E com o passar do tempo me dei conta disso, e aos poucos voltei a equilibrar a luta, concentrando todos os meus revides em golpes conta a face lateral da espada dele, visando forçá-lo a largá-la, ou pelo menos a afastar.

Aquilo me deu o ar de que eu precisava, e então recompus minha guarda. Seguimos num ritmo cada vez mais acentuado, superando até mesmo o do dia anterior de quando treinávamos com espadas de madeira.

Então, em um brilhante ataque do gordo oficial, ele passou pela minha guarda, abrindo um fino corte na minha coxa esquerda.

Por sorte, ou por puro reflexo, eu havia me afastado momentos antes, de modo que o ferimento era apenas superficial, mas aquilo me acordou para o combate.

-Nada mal, Oomura-san, nada mal mesmo.

Então tornei-me verdadeiramente sério, revidando em um frenesi de rápidos golpes direcionados apenas para o braço e perna direitos dele, forçando uma grande pressão em sua espada.

Aquilo atrapalhou a guarda dele, e então me aproximei; a espada muito longa dava a ele uma certa desvantagem no combate mais próximo, tornando-o desajeitado, enquanto que minha espada se tornava um pesadelo.

O aço ganhou vida em minhas mãos. Era quase como se a zampakutou fizesse parte do meu corpo, uma extensão da minha mão direita. Intensifiquei meu ataque, e rapidamente consegui atingi-lo um corte transversal que rompeu-lhe do tríceps ao bíceps do braço esquerdo, vindo de uma arremetida de baixo para cima.

A espada penetrou com 5 cm da ponta logo acima do cotovelo, atingindo-o no tríceps, o impulsou levou-a a sair perto do ombro, numa trajetória transversal, rompendo ambos os músculos, embora o golpe não tenha sido profundo o bastante para atingir o osso.

-Shibata!! Basta! Basta!! Arrgh...

O pobre quinto oficial lançou a espada ao chão, e pulou para trás, dando mais dois largos passos após isto, segurando o fermento com o braço oposto. Sangue manchou o chão do covil.

-Perdoe-me, Oomura-san, você estava se mostrando um excelente adversário, por um momento achei que não seria capaz de vencê-lo, por isso comecei a pressioná-lo, o golpe foi apenas um reflexo...

- Aaarghh! Não se preocupe Askins-dono, mas eu lhe avisei que iriamos nos ferir, avisei!

-Bem, talvez não devêssemos ter ido tão longe de fato...

-Não diga besteiras, somos Oficiais do Segundo Esquadrão, não podemos temer ser feridos, espero voltarmos a ter este treino, contanto que não miremos locais vitais, não há com o que se preocupar.

Assenti positivamente com a cabeça, e ajudei o oficial a andar, na direção do hospital do 4ª esquadrão...

Aceite. + 70 de Zanjutsu

Como Oomura ainda estava se recuperando de nosso último treino, decidi que era hora de lutar com alguém de uma patente um pouco mais elevada. Por conta disso, fui ter com Izuna-san.

Ele era um ambicioso terceiro oficial, havia se formado junto comigo e Kuchiki na academia Shinigami. Um pouco arrogante, mas um excelente shinigami. Encontrei-o às portas do primeiro esquadrão.

-Ohayo, Izuna-dono, o que me diz de praticarmos um pouco?

- Yare, yare, o que temos aqui! Resolveu parar de se esconder Askins-san? Está querendo dar um showzinho para os calouros?

Comentou ele, olha de esguelha para mim, enquanto contemplava um grupo de jovens recrutas do primeiro esquadrão.

- Heh, não vejo porque não, afinal, estes garotos parecem ter se graduado a pouco tempo, é bom que eles vejam os mais experientes em ação;

A resposta dele foi um sorriso sádico, e um repentino ataque contra mim, um golpe vindo do alto, visando me partir do ombro esquerdo a virilha direita de um único golpe.

Ele era realmente rápido, para evitar o ataque que poderia ter sido fatal, salto para trás, sacando minhas espada em um único movimento fluído, terminando por bloquear a arma dele com a minha, num entrechoque entre ambos os gumes que estalou em um grande bramido de metal.

Pude sentir os olhos dos calouros postos em mim quando reverti o movimento, afastando a lâmina dele de mim, e colocando-me em posição de guarda. A esta altura também ele estava em uma posição mais séria de combate; embora sua face estivesse repleta de escárnio e desprezo, os olhos resguardavam certa cautela.

- Os anos o tornaram mais atento, Askins-san, mas continua sendo o mesmo menino e sarjeta de cinquenta anos atrás, não tem chance contra mim.

Então ele tornou a atacar, mas desta vez como deveria ser. Com ataques de proximidade, visando decepar membros e perfurar o tórax. Eu mantive no rosto uma máscara inexpressiva, enquanto lutava para bloquear os golpes dele e tentar identificar seu padrão de movimento.

Ele era rápido. Por 3 vezes os recrutas uivaram de júbilo imaginando que ele tivesse me prendido em uma de suas intrincadas sequencias de ataques. Mas com o tempo fui entendendo; ele sempre atacava em zonas altas, como ombros, cabeça, parte superior dos braços e alta do tórax, para forçar uma postura defensiva do inimigo, e desviar a atenção de seu real objetivo.

Ele queria me atingir nas pernas. Era óbvio. Das 3 vezes em que eu quase fora atingido fora por guarda baixa em relação as minhas pernas.

Comecei a me adaptar a maneira de ele lutar, mas não conseguia contra-atacar, pois isso significaria abrir a guarda no alto, o que poderia me custar até mesmo a cabeça;

Alguns recrutas começaram a rir.

- Vê? Você já perdeu, desista antes que sua cabeça role de seus ombros, assim poderá ter a chance de me divertir outro dia!

Eu estava tentando manter a calma, mas aquilo era de mais.

Deixei que uma brecha fosse aberta na minha defesa, e quando a espada dele desceu na direção do meu joelho esquerdo, girei o corpo em uma meia rotação, trazendo a perna esquerda para trás da direita, a parando em poucos instantes ao lado dele, batendo firmemente com o cabo da zampakutou em sua clavícula. Pude ouvir o osso estalar enquanto ele caí sentado no chão

Um silêncio repentino começou a pairar no ar.

- Sua arrogância o tornou cego Izuna-dono, identifiquei seu padrão de movimento, mas você nem se dignou a prestar a atenção no meu. Se estivéssemos em uma luta séria, teria separado sua cabeça de seus ombros.

Virei-me então de volta ao meu esquadrão, já deveria estar próximo da hora do almoço. Aos poucos, palmas estalaram às minhas costas, deveria ter sido um belo show, a final de contas.

Appv + 70 Zanjutsu

Estava uma manhã fria no Seireitei, e as coisas estavam bastante calmas, ultimamente uma estranha paz parecia reinar na Soul Society. Tranquilizado por isso, me dirigi a meu covil de treinos para tomar um relaxante banho em uma das fontes termais.

Me despi e entrei na água calmamente. Pude sentir todos s músculos se relaxando, e uma nuvem de vapor subiu ao meu redor; eu não poderia pedir mais nada para uma manhã de inverno.

Então começo a sentir uma presença; uma tênue reiatsu pairava nas redondezas, caminhando quase que em círculos.

"Então ele está aqui..."

Levantei calmamente, me vesti, e peguei do baú um par de espadas de madeira, de peso muito semelhante ao de catanas normais(por serem preenchidas internamente com fero) e com um tamanho razoavelmente parecido..

Saí sorrateiro do esconderijo, e caminhei na direção da reiatsu;

Encontrei-o poucos instantes depois, caminhando sobre as rochas que compunham a cobertura do meu covil de treinos.

- Sua clavícula se recuperou bastante rápido, Izuna-dono.

- Ah, então é aqui que você se esconde, certo? Aquele gordo é péssimo em dar informações, estou a um bom tempo perdido entre essas malditas pedras! - chutou um pedaço de cascalho para longe enquanto falava; eu mal conseguia me conter; era óbvio que Oomura teria dito a ele que eu costumava treinar nesta região, mas ninguém em todo esquadrão, além de nós dois conhecia a entrada do meu centro de treinos.

- Pegue - falei arremessando uma das espadas de madeira na direção dele; ele prontamente a agarrou com a mão direita - Vamos treinar como pessoas civilizadas desta vez; não há ninguém para olhar, não precisa se vangloriar agora. Enfrente-me como a um igual.

Os olhos dele mostravam confiança e determinação, assim como a expressão de sua face. Gostei daquilo; mas a língua permanecia a mesma de sempre.

- Cale-se! Jamais seremos iguais

E aquela frase deu início aos exercícios da manhã. Ele correu contra mim com a espada, direcionando uma violenta arremetida horizontal contra meu ombro direito; mudei rapidamente a posição das pernas para então ter uma posição mais favorável para bloquear o golpe; as espadas de madeira estalaram.

Reverti o movimento, novamente alternado jogo de pernas para uma posição de maior vantagem a frente, golpeando por sobe a guarda dele, num corte transversal visando atingir seu rim esquerdo com uma forte pancada.

Foi a vez dele recuar, girando as pernas rápida e habilmente, interpôs a espada de maneira rápida afastando a minha, ampliando nossa sinfonia de rápidos choques de madeira em madeira. Então também ele inverteu o movimento, lançando uma das pernas rapidamente a frente, enquanto levantava a espada num golpe reverso ao bloqueio anterior, de maneira ascendente, visando atingir meu queixo com o que seria o gume de uma arma normal.

Dei uma passo atrás, mas foi um golpe mais fácil de bloquear, apenas recuei minha espada, deixando que o ataque a atingisse próximo do guarda mão. Ele então recuou e se colocou em uma posição de guarda. Eu aproveitei para ajustar minha postura. Era a minha vez de atacar.

Lancei o pé esquerdo a frente, usando-o como base para um ataque horizontal da esquerda para a direita com a espada, visando atingir meu adversário diretamente na têmpora direita com o golpe.

Imprudentemente, ele limitou-se a defender o ataque erguendo a espada, o que resultou num leve desequilíbrio da dita arma em suas mãos. Com um rápido maneio de pulso, e um passo atrás do pé direito, atingi outro rápido golpe, mais próximo da base da "lâmina" da espada dele, desequilibrando-a ainda mais. Ainda em rápido movimento, mudei novamente o jogo de pés, e recuei a espada em um círculo sobre nossas cabeças, baixando-a rapidamente contra o joelho esquerdo dele, onde a guarda estava aberta.

Tudo aconteceu muito rápido, e quando Izuna se deu conta do erro com a espada, sua guarda já estava escancarada. Mesmo assim, o shinigami deu trabalho, revertendo o jogo de pés, e tentando se afastar. Isso impediu que eu o acertasse na altura dos rins, como era minha verdadeira intenção, mas o golpe no joelho ele não fora capaz de evitar.

- Argh! Você luta melhor do que eu me lembrava, hehe

Não tive tempo de responder, pois ele mal terminou de falar, e veio com uma tempestade de rápidos golpes pra cima de mim; embora seu joelho estivesse machucado, aquilo não parecia ter afetado em nada sua capacidade de luta.

Seguimos trocando golpes por longos minutos, até que em uma nova brecha eu o atingi novamente no joelho esquerdo.

- Chega! Ok, ok, é o suficiente. Parece que estamos em níveis diferentes, no final das contas. - sentou então no chão colocando a espada de lado. Meus olhos ardiam por causa do forte sol do meio dia, e do suor que neles caía. - Mais um pouco, e eu sairia daqui em uma maca... você quase quebrou minha patela!

- Bem, foi uma boa luta, meu braço está doendo do golpe que você aplicou nele, se fosse uma luta de verdade, teria provavelmente tido os músculos rompidos, ou até mesmo o braço decepado.

- E eu a perna, você me venceu Askins-san. Mas não pesei que será sempre assim, voltaremos a lutar.

Tendo dito isto, se levantou e saiu mancando na direção do 4º esquadrão. Pensei em ajudá-lo, mas achei melhor não, aquilo apenas feriria-lhe o orgulho.

Voltei ao esconderijo, e ao meu banho de águas térmicas para descansar os músculos após a luta.

Appv +70 Zanjutsu

Estava novamente relaxando na piscina de águas termais do meio covil de treinos. Quando uma borboleta da inferno adentrou e pousou numa pedra próxima. Levantei os olhos para ela, e ergui o dedo, para que ela nele pousasse. Ela então me transmitiu a mensagem.

Citação :

"Me encontre no pátio do quinto bantai; traga espadas de treino."

Aquilo me divertiu um pouco. Mas era duro ter que usar armas de madeira depois de ter descoberto a identidade de minha zampakutou. Me vesti e pequei um par de espadas de madeira, e me dirigi ao quinto bantai, só imaginando que teria me chamado para aquele treino.

"Izuna-san, termos um novo treino com platéia? Hehehe espero que estejas mais forte do que da última vez..."

Me deparei com uma cena estranha quando cheguei ao pátio do quinto bantai. O centro da praça estava com um grande oco, com um quadrado de pessoas, todas shinigamis do esquadrão em volta do grande vão. Parecia mesmo que tivessem organizado ali um torneio.

Me aproximei um pouco discreto e até mesmo tímido, até que uma voz conhecida se manifestou

- Ah! Aqui está o homem, pelo que vejo lembrou de trazer as espadas de treino, muito bom!

- Pelo jeito quer dar um showzinho de novo, este agora é para seu próprio bantai, Izuna-dono??

- Hahahaha, não seja tolo, não serei eu o seu adversário. Eu estava dizendo aos recrutas que um bom shinigami deve ser capaz de enfrentar vários adversários ao mesmo tempo. Faremos uma demonstração disso agora.

- Haha! Está querendo dizer que vai enfrentar sozinho a mim, e a outro? Por favor Izuna-san, não seja tão convencido, lembre-se do que eu lhe disse da última vez sobre humildade

- Mas o que diabos você está falando? Eu não lutarei hoje. Seus adversários serão Bojak e Bill, meus 4º e 5º oficiais, e mais quem quer que queira se juntar a eles. Quero um belo show para orientar meus calouros.

"Uma bela baixaria, típico de você, Izuna. Nunca vai aprender pelo visto"

Um pequenino se ofereceu para participar na luta. Prontamente arremessei minha zampakutou de madeira à ele.

- Preste bem a atenção no que vai ver, Izuna-dono, pode ser que realmente venha a aprender algo. Garoto, não exite em atacar, mas não baixe sua guarda nem por um único instante, se não asseguro-lhe que vai se arrepender.

Os oficiais de menor escalão riram e partiram para cima de mim. O garoto manteve uma máscara impassiva no rosto enquanto também ele saltava na minha direção. Mas eu estava calmo. e pude ver a dúvida se instaurar na face de Izuna. Ele havia mandado cordeiros para abater o lobo.

Assumi minha postura de guarda, e por longos minutos limitei-me a apenas bloquear os ataques que vinham de todos os lados. Esquivando de alguns, revidando outros. Era como as lutas que eu tivera no passado contra meus bonecos de treino. Os movimentos eram transparentes aos meus olhos, previsíveis, defensáveis. Mas ainda era difícil localizar as brechas na defesa dos meus adversários, e eu não daria a Izuna o prazer de abrir minha guarda.

Ao invés disso, comecei a lutar com os pés, trocando a todo momento suas posições, alterando frequentemente a a postura. Saltando em diferentes ângulos e distâncias, sempre forçando os três combatentes a se manterem onde meus olhos pudessem ver. Aquilo de alguma forma começou a me empolgar, e um sorriso brincou na minha boca.

Deve ter sido uma visão estarrecedora para uma luta, pois as expressões no rosto dos que lutavam e dos que assistiam começou a mudar para incredulidade;

Então me dei conta de que meus adversários já começavam a ofegar. Assumi uma postura ofensiva. A cada golpe bloqueado, lançava um revide em resposta, dirigido a um ponto que visava desviar a atenção do adversário da falha que se abria na minha guarda. E assim, aos poucos, comecei a tomar terreno. E mais do que isso. Identifiquei por completo o padrão de movimento deles.

Apliquei então uma rápida sequência de golpes, bloqueando e revidando com ataques de sentido reverso ao movimento, atingindo um dos oficiais no ligamento do joelho, fazendo-o cair; o outro atingi na altura do rim esquerdo, fazendo-o se dobrar de dor. O garoto se saiu melhor, talvez por ter sido o último a ser atingido. O reverso que o teria atingido entre os olhos foi desviado; ainda assim, foi atingido no cotovelo direito, o que fê-lo largar a espada.

Dei então uma pirueta para trás. Parei, alonguei os pescoço, e depois o desnuquei na direção de um ombro, e depois do outro, estralando-o.

- Bem, já sei como lutam, agora podemos terminar o aquecimento, comecemos com a verdadeira luta.

Assim falando, posicionei a espada a frente, numa posição primária de kendo, segurando-a com ambas as mãos, como não havia feito em nenhum instante do combate.

Os olhos de todos os recrutas estavam postos em mim. A maioria parecia não crer no que via. O mesmo podia ser dito de meus adversários, que começavam a reassumir suas posições de luta. Quando achei que recomeçaríamos a luta, uma outra voz, de alguém que eu não conhecia se fez presente.

- Já chega disso. Já deu seu showzinho, Askins, agora volte para seu bantai, ou prometo que Hiruza ficara sabendo do que andou fazendo, isso não é digno de um oficial.

Em pé, no alto do telhado do prédio do quinto bantai, estava Shisan, o tenente do quinto esquadrão.

- Gomenosay, Shisan-dono, mas foi Izuna-dono quem me enviou uma borboleta do inferno convidando-me para treinar no pátio do esquadrão.

O tenente então olhou para o terceiro oficial. O rapaz estava a ponto de ficar pálido. Sua ideia de me causar humilhação havia dado tão terrivelmente errado, que ele nem se dera conta da nova oportunidade. O tenente então se movimentou numa velocidade que eu não julgaria possível, vindo parar no meio da arena improvisada diretamente ao lado do garoto mais novo. Tomou então do chão a espada de madeira.

- Irei perdoa-lo por isso, conheço o gênio de meu oficial, mas gostaria de ver sua arrogância removida, então, lute comigo.

Aquilo era uma loucura. Ele era um tenente; e tido como um dos mais fortes entre os segundos oficiais do Seireitei. Mas eu não iria dar pra trás ali. Era uma chance de me tornar mais forte.

Alterei minha postura para uma mais adequada. Voltando a empunhar a espada apenas com a mão direita.

- Será como diz, mas peço que pelo menos não me subestime.

- Vi o bastante de você para saber que não deveria fazê-lo. - um sorriso brincou em seus lábios, e ele saltou sobre mim.

O nível da luta mudou completamente. Eu estava sendo insanamente pressionado pelo vice-capitão do quinto esquadrão. Por duas vezes quase fui parar no meio da platéia. Mas ainda assim conseguia me defender. O padrão de movimento dele era completamente diversificado, nem chegava a ser um padrão. Uma interminável chuva de golpes dirigido contra membros e órgãos em intervalos desconexos e assimétricos. Sem falar em uma velocidade insana de ataque;

O jogo de pés também era impecável. Sempre dava a ele a posição mais avantajada. Ainda assim meus insistentes treinos me permitiam conseguir evitar de ser atingido. Mas era impossível revidar. Minhas investidas eram repelidas quase com desprezo.

Decidi que precisava me acalmar. Concentrei-me apenas nos meus músculos. Sentia-os retesar a cada impacto, e relaxar acada troca de postura. Então entendi. Esse era o segredo, a postura.

Deixei que um golpe passasse pela minha guarda. Mas antes que pudesse atingir-me no ombro, alterei drasticamente a posição dos pés numa meia rotação, enquanto invertia a posição da espada em minha mão.

Aquilo deixou meu braço armado virado diretamente contra o flanco totalmente exposto do tenente, e o golpe baixava rapidamente na direção de sua nuca.

Então ele também mudou o jogo de pés, rotando mais rápido do que eu acreditaria ser possível, acertando um fortíssimo golpe na lateral de minha espada, lançando meu braço para longe e me desequilibrando; a energia da rotação havia adicionado uma força abismal ao golpe. Mas agora a rotação estava completa, e a espada subia num reverso igualmente rápido contra meu queixo.

Não. Não igualmente rápido. Era um pouco mais lento, o suficiente para que eu pudesse agir por reflexo.

Mudei mais uma vez as pernas de lugar, com um único longa passo para trás da perna direita, enquanto lutava para trazer o braço direito de volta do impacto.

O movimento fez com que a espada de meu adversário apenas assoviasse no vento, poucos centímetros ao meu lado, e seu flanco novamente ficou exposto a um golpe reverso meu.

Naquela vez jurei tê-lo atingido. Mas ele voltou com a espada e bloque-ou o golpe, e fez um movimento para me afastar com a espada. Então pulei para trás, e ele também.

Eu arfava profundamente, com dificuldades imensas de respirar. e me mover. Era meu limite. Com certeza era meu limite. Em contra partida, meu adversário apenas ostentava uma expressão séria. Os especatadores estavam pasmos, e um burburinho corria entre todos. Não via sinal de meus antigos adversários, ou do terceiro oficial.

- Já chega, não tenho condições de prosseguir com isso. Aaaarf, Aaarf, mas consigo... Arf, falar. Você me derrotou por completo.

O tenente demorou um pouco para responder, mas por fim lançou a espada de treinos aos meus pés.

- Você luta muito bem rapaz. Não gostaria de ser seu adversário nos anso que ainda estão por vir. Mesmo sendo mais lento do que eu. quase me atingiu por duas vezes, em contra-ataques muito bem executados. E não permitiu que eu o atingisse. Não seria justo continuar com essa luta agora que estás cansado. Treine. e Treine muito. Quando fores um tenente, e sei que não irá demorar muito para isso, voltaremos a nos enfrentar;

Então juntei a espada do chão, e tornei ao meu covil para relaxar os músculos na piscina de águas termais...

UFA!

Mais que Appv! 21-04-12

Gostei de mais, se eu pudesse dar mais que 70 pontos daria, mais, não posso né.

+70 Zanjutsu

Hoje era hora de fazer algo diferente. Muito tempo eu havia passado treinando apenas minhas habilidades com a espada. Mas não era somente isso que distinguia um shinigami. Já era mais do que tempo de treinar minhas outras habilidades.

Sem mais perder tempo, convidei o Quinto Oficial do esquadrão para vir ao meu covil de treinos. Chegando lá, entreguei a ele um cronômetro.

Em torno das centenas de rochas e montanhas que compunham o local, uma pista totalmente oblíqua havia sido demarcada. Os objetos usados eram os mais diversos; bonecos de treino enfileirados, Asauchis retiradas do arsenal da divisão enterradas no chão, simples estacas de bambu, e dezenas de outros tipos de objetos que eu havia encontrado mais cedo para fazer a demarcação. Ao todo, a pista tinha 3 km de extensão, do início até o retorno ao mesmo; um grande circuito repleto de curvas, e passagens difíceis.

O Quinto Oficial me olhou com uma cara intrigada, sem entender direito o que eu pretendia com aquilo.

- Bem, Oomura-san, preciso que cronometre meu tempo; andei notando que minha velocidade não estava nem mesmo próxima do aceitável. É tempo de me tornar mais veloz.

O gordo oficial assentiu positivamente com a cabeça.

- Pare o cronômetro quando eu voltar a esta posição, entendeu? E por favor, faça uma contagem regressiva antes de dispará-lo.

- Certo. 3,2,1, COMEÇE!

Quando o Quinto oficial gritou, saltei em disparei a frente em uma correria desatada. A pista era muito acidentada. Por vezes descia, por vezes subia; por vezes era necessária saltar sobre uma das fontes de águas termais, e por vezes eu tinha de escalar uma rocha. Havia pontos em que curvas fechadas como cotovelos forçavam que eu entrasse em lodaçais que chegavam a altura da cintura, apenas para logo em seguida ter de escalar 60 metros de rocha para então saltar para o outro lado e seguir a corrida.

Cheguei de volta ao ponto de partida imundo; em uma caricata fusão de suor, lama, pó e terra da cabeça aos pés, arfando pesadamente de cansaço.

Caí sentado sobre os quartos. Estava bastante cansado.

- O senhor levou 15 minutos... Askins-dono...

- Hehe, definitivamente estou fora de forma. 3 km em 15 minutos... Ha! Tente você, Oomura-san, enquanto eu descanso poso cronometrar para o senhor.

- Bem, certo, quando o senhor quiser - enquanto falava, o oficial entregava o cronometro e se punha em posição.

- 3,2,1... VÁ!

Oomura saiu correndo em disparada, e logo virou a primeira curva. Eu estava bastante curioso para saber o tempo que ele levaria.

Enquanto o aguardava, pus-me a pensar em de que forma eu poderia melhorar o meu tempo. Aquilo era um treino puramente físico. Melhorar as habilidades de Hou-Hou não poderia ser se baseando apenas no shunpou, a reiatsu não podia fazer o trabalho todo. Não. A velocidade natural do corpo precisava ser aumentada.

Cheguei a conclusão de que a falha era em meus músculos desacostumados a correr.

Amarrei em uma rocha um longo pedaço de soro, com largas tiras de couro a frente, como se fosse um estilingue enorme, só que ao invés de uma forquilha, o soro estava preso em uma rocha.

Encaixei-me então na tiradeira, e pus-me a correr para frente, forçando o soro a se estender ao máximo. Uma dor lancinante atingiu minhas pernas, e fui lançado contra a rocha quando a força elástica do soro superou minha força física, batendo fortemente de costas, e ficando por alguns instantes sem ar.

Neste momento Oomura atingia a linha de partida. Pausei o cronômetro. O pobre oficial despencou quase sem forças no chão.

Me levantei com certa dificuldade, com as costas doendo bastante, e me direcionei a meu colega.

- 23 minutos e meio. Não foi das melhores marcas, Oomura-san...

- Este seu treino é uma loucura Askins-dono... Vai acabar matando-nos ambos.

Falou estas palavras arfando muito, ainda caído de bruços no chão, de modo que foi bastante difícil de identificar o que ele dissera.

Mas eu também estava fraco, e me sentei escorado a outra rocha. Haviam verdadeiramente muitas rochas naquele covil secreto.

E então dormimos.

Appv +70 Hohou

Retornei ao meu covil de treinos. Minha velocidade estava muito longe do aceitável para um oficial. Eu não poderia parar com os treinos até que minha velocidade se tornasse referência no esquadrão.

Sem mais perder tempo, convidei o Quinto Oficial do esquadrão para vir ao meu covil de treinos. Chegando lá, entreguei a ele um cronômetro.

Em torno das centenas de rochas e montanhas que compunham o local, uma pista totalmente oblíqua havia sido novamente demarcada. Os objetos usados eram os mais diversos; bonecos de treino enfileirados, Asauchis retiradas do arsenal da divisão enterradas no chão, simples estacas de bambu, e dezenas de outros tipos de objetos que eu havia encontrado mais cedo para fazer a demarcação. Ao todo, a pista tinha 3 km de extensão, do início até o retorno ao mesmo; um grande circuito repleto de curvas, e passagens difíceis.

Porém desta vez iniciei com o elástico. Amarrei em uma rocha um longo pedaço de soro, com largas tiras de couro a frente, como se fosse um estilingue enorme, só que ao invés de uma forquilha, o soro estava preso em uma rocha.

Encaixei-me então na tiradeira, e pus-me a correr para frente, forçando o soro a se estender ao máximo. Diferente da primeira vez em que eu havia treinado aquilo, eu não estava cansado da corrida, então consegui manter-me por um tempo consideravelmente longo forçando a corrida contra a resistência da borracha.

Então parei um pouco, e realcei o olhar para o quinto oficial.

- Quarenta segundos senhor. Posso tentar?

Acenei com a cabeça, e permiti que ele se esforçasse também. Para sua forma física, ele até que suportou bem , mas após vinte e sete segundos caiu exaurido no chão. Aquele tipo de treino tracionava de mais os músculos, e era o perfeito aquecimento para uma corrida prolongada.

- Certo Oomura-san, mais três séries disto, e podemos começar com as rotinas de corrida.

O oficial quase enlouqueceu ao ouvir isto, mas não demonstrou queixas; o tempo mantido foi semelhante aos primeiros. Depois veio o treino de verdade, subindo e descendo os morros, correndo por entre rios de lama e saltando sobre fontes de água fervente.

- 12 minutos senhor, está melhor do que da primeira vez.

O tempo realmente havia baixado bastante; 3 minutos. A tarde entrou, e seguimos nos revesando entre o elástico e a pista de corridas, sem conseguir verdadeiras alterações no tempo, exceto pelas últimas tentativas, já passadas da metade da tarde, aonde aguentávamos menos de 15 segundos na tiradeira, e já mal eramos capazes de completar a pista...

Mas o dia foi satisfatório.


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Off.: Desculpem a narração pobre, esse aqui foi "Made in Hospital"

Aquilo estava começando a ficar cansativo. Treinava todos os dias, várias horas por dia, sempre visando ficar mais forte, e pra que? Os resultados eram mínimos. Me sentia muito pouco mais rápido do que eu costumava ser. Decidi que era hora de intensificar meu treino.

Resolvi então mandar uma borboleta do inferno à Shisan. Ele era o tenente do quinto bantai, e outro dia havíamos lutado juntos em um excelente treino de zanjutso. Talvez ele pudesse me ajudar. Enviei-a com ordens de falar apenas com ele, dando a localização precisa do meu covil de treinamento.

Enquanto eu aguardava sua chegada, vesti um kimono próprio para treinos, voltando ao grande soro de incrível resistência elástica. Encaixei-me na tiradeira, e pus-me a correr contra sua resistência, exigindo o máximo que cada músculo do meu corpo poderia dar. Com o passar de tantos dias de treinamento, aquilo já estava se tornando fácil, fiquei quase 3 minutos correndo no mesmo lugar, com a tiradeira se forçando contra minha barriga, até ser lançado pesadamente contra a rocha.

- É isto não está bom.

Me levantei, olhando para trás tentando descobrir de quem era a voz que acabara de soar as minhas costas, apenas para descobrir a presença do tenente que eu tinha convidado a aparecer.

- Shisan-Dono, é bom ver que atendeu o meu pedido. E mais rapidamente do que eu esperava.

- O dia estava monótono no batalhão; pensei que iria querer treinar com espadas está manhã.

- Talvez em uma outra hora, quero ficar mais rápido antes, bem-vindo ao meu campo de treinos, espero que não vá sair revelando-o a todos, costumo selecionar com cuidado as pessoas que podem conhecê-lo, você é o segundo que pisa nestas imediações.

- Você é um oficial esquisito, Askins-san, mas tem futuro. Volte para aquela tiradeira. Se ficar menos de 10 minutos naquilo juro que arranco sua perna.

- DEZ MINUTOS? Você está louco? Isso vai além da capacidade física normal

- Pensei que tivesse me chamado aqui para isto. Superar a normalidade.

- Mas como diabos serei capaz de me manter tanto tempo com aquele elástico me forçando para trás? Meus músculos vão se romper!

-Ora, pare de amolar, vá de uma vez, ou vou embora.

O tenente falava de forma jovial, mas não desprovido de severidade; sendo assim, achei melhor obedecer ao que ele queria. Me pus de novo contra a tiradeira, e desatei a correr.

- Mais rápido Oficial, já vi crianças correndo mais do que isso;

Fiz um esgar de raiva na face, mas nada disse. Pus-me a correr com toda a força, e minhas pernas e braços rapidamente começaram a doer.

- Assim está bem melhor, já está aí a um minuto, mais dez e pode sair. Ah, sim, não vou contar este primeiro minuto de trabalho mole, é claro. Não frouxe o ritmo.

Tive vontade de esmurrá-lo, mas estava ocupado tentando evitar que os músculos das panturrilhas entrassem em colapso. Mantive o ritmo.

Ficamos um certo tempo sem interrupções por parte do tenente. Mas a cada instante minhas pernas ficavam mais fracas, e a dor só parecia aumentar. Eu fazia o possível para manter o ritmo, mas até mesmo minha frequência cardíaca já estava fora de controle, todo o corpo começava a reclamar contra a resistência intrépida daquela larga corda de soro.

- Está fraquejando Oficial, e não fazem 3 minutos que está aí. Você é mesmo um Shinigami? Não sou capaz nem mesmo de sentir sua reiatsu... Está morto, Askins-san?

Aquilo me abriu os olhos. Claro, era isso. Era por isso que as coisas estavam tão impossíveis; era como se eu estivesse tentando usar o Shunpou com um pulo pra frente. Faltava um outro tipo de impulsão. Fechei os olhos, e acessei minha reiatsu, deixando que ela fluísse aos músculos. Aquilo foi um alívio imediato, e logo eu já estava de volta ao ritmo, e com muito menos dores.

- Não, não, não! Que tipo de imbecil você é? Use a reiatsu desta forma, e na metade da batalha já estará sem forças. Você não esta tentando usar o Shunpou rapaz. Apenas permeie seu corpo com o poder espiritual, o restante terá de vir do fortalecimento forçado dos músculos, mantenha o fluxo de reiatsu apenas para que os músculos não se rompam com o esforço, é uma tática válida apenas para treinos, não irá usar isso nas lutas.

Fiz o que ele disse. As coisas voltaram e ficar difíceis. A dor era imensa. Mas pelo menos os músculos não ameaçavam entrar em espasmo. Consegui manter o ritmo por mais algum tempo.

- Já chega.

Parei, e teria sido arremessado diretamente contra a pedra se o tenente não me agarrasse no ar com um rápido Shunpou.

- Foram mesmo 10 minutos?

- Seis e meio. Mas você estava no limite. Foi impressionante, a maioria não aguenta até os cinco mantendo um ritmo como aquele.

- Mas você disse que o mínimo era de 10 minutos...

- Professores sempre irão pedir mais do que você pode dar, isso obriga a superação do aluno, e é justamente esse o objetivo do treino. Agora vá descansar. Seu corpo estará com dores terríveis pela tarde. Deixei na porta um conjunto de roupas com pesos, em diferentes graduações, imaginando que você quereria ser mais rápido. Mas lembre-se do que eu disse. São seus músculos que devem ficar superiores, utilize sua reiatsu em uma taxa fixa, sem emiti-la, sem gastá-la, apenas como um condimento para não romper os músculos, e em pouco tempo estará suficientemente veloz para me enfrentar.

- Heh, tem certeza?

- Teste-se em sua pista amanhã de manhã, garanto que seu tempo será melhor do que nunca imaginou ser possível. Depois volte ao treino no soro. Quando for capaz de manter o ritmo aquele por 10 minutos, comece a treinar na pista principal com as roupas pesadas. Recomendo que coloque alguma coisa em tua perseguição, é preciso forçar o limite, apenas o relógio não será adversário suficiente.

E então o tenente foi embora...

Appv! + 70 Hohou